Ēastre

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Significado do nome: A partir do proto-germânico *Austrō(n), que significa 'amanhecer'.

Outros nomes/variações ortográficas: Ēostre (no dialeto da Nortúmbria), *Ôstara (alto alemão antigo, saxão antigo).

Função: Ēastre é uma deusa do amanhecer, tanto literal como figurativamente, com a alvorada usada como uma metáfora para a morte do inverno e o alongamento dos dias. Todos os anos ela se retira para o Mundo Subterrâneo durante o Inverno e renasce a cada primavera, trazendo com ela, fertilidade e abundância.

Iconografia: Como deusa associada à Primavera, a simbologia relacionada à renovação e crescimento parece apropriada. Grimm afirma em sua Deutsche Mythologie que os ovos de Páscoa (possivelmente relacionados à renovação e fertilidade) e as fogueiras podem ser uma sobrevivência de uma celebração heathen arcaica. As lebres também são tipicamente associadas à Deusa.


Fontes Atestadas: Ēastre aparece unicamente no De temporum ratione de Bede, no qual ele escreve:

"Eosturmonath tem um nome que agora é traduzido como "mês pascal", e que antigamente foi assim chamado graças a uma deusa deles chamada Eostre, em cuja honra foram celebradas festas naquele mês. Agora eles designam essa temporada pascal por seu nome, chamando as alegrias do novo rito pelo nome homenageado da antiga observância".

Há algumas evidências que sugerem que uma deusa semelhante chamada *Ôstara pode ter sido venerada no continente, baseada no alto alemão antigo, Ôstarmânoth. De acordo com Grimm:

"Nós, alemães, chamamos hoje ostermonat, e ôstarmânoth é encontrado já em Eginhart (temp. Car. Mag.). O grande festival cristão, que geralmente cai em abril ou no final de março, é o mais antigo resquício em alto alemão antigo do nome ôstarâ... é encontrado principalmente no plural, porque dois dias... foram mantidos na Páscoa. Esta Ostarâ, como a [Anglo-Saxã] Eástre, deve, na religião pagã, denotar um ser superior, cujo culto foi tão firmemente enraizado, que os professores cristãos toleraram o nome e o aplicaram a um dos seus maiores aniversários".

Uma série de nomes de lugares na Inglaterra possuem o prefixo 'ēoster-'. Austerfield em Yorkshire, Eastry em Kent, Eastrea em Cambridgeshire e Eastrington na East Riding of Yorkshire, são todos considerados nomes da Deusa. O abade do mosteiro de Bede em Wearmouth-Jarrow foi registrado como "Easterwine", que contém o prefixo ēoster. É por esta razão que Philip A. Shaw acredita que Eostre era realmente uma deidade regional de Kent e não uma nortumbriana, como é popularmente pensado.


Em 1958, mais de 150 inscrições romano-germânicas foram descobertas dedicadas às Matronae Austriahenae, datadas de 150 a 250 da Era Comum. Embora a maioria dessas inscrições esteja incompleta e lance pouca luz sobre o papel dessas divindades, ela fornece uma conexão etimológica bastante antiga com Ēastre e valida ainda mais as afirmações de Bede sobre a autenticidade de Ēastre.

"Para as Mães Austriahenae,
[por] M. Antonius Sentius,
para ele e os dele,
alegremente e merecidamente ".

Interpretatio Romana: Possivelmente Aurora.

Bīnaman Contemporâneos (sugeridos pelo Larhus Fyrnsida): Frumlēoht (Primeira Luz), Rodorlīhtung (Iluminação dos Céus), Wintresdēaþ (Morte do Inverno), Dægrēd (Amanhecer), Eftnīwung (Renovação), Blōstmbǣrende (Carregadora de Flores), Bēomōder (Mãe das Abelhas), Hunigflōwende (Fluxo de Mel).

Fontes:

Eastre, Larhus Fyrnsida <https://larhusfyrnsida.com/fundamentals/godu/eastre/>

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